A Circuncisão na cultura Bacongo


Luanda - A cultura é a alma de um povo. Para que um povo seja ele mesmo deve necessariamente manter as suas marcas identitárias.  A circuncisão é uma prática que marca o «muntu» em geral. Os bacongos não fogem desta grande e nobre regra.O sentido que este grupo etnolinguístico dá a circuncisão, tem a ver com questões de «higiene, saúde, aprendizagem e por razões de sociabilidade» no grupo e aceitação por parte dos homens e do sexo oposto.
Depois da criança nascer, não passa mais de duas semanas para que se faça o acto… Habitualmente, faz-se a circuncisão uma semana depois, ela só se realiza mais tarde por alguma razão plausível.
A não realização deste acto até na adolescência, leva a «exclusão» do incircunciso, pelos seus amigos, em actos como na hora do banho no rio. O «não homem», pelo facto de não ter passado por esta experiência, é constantemente irritado pelos seus coetâneos. Por outro lado, as mulheres não aceitam ter relações de amizades com esta pessoa, para não falar de namorados.
Porém, a circuncisão para o homem bantu/bacongo é símbolo de masculinidade e amadurecimento. Ela permite a aceitação e a integração do indivíduo na comunidade restrita e total. A circuncisão é para o bacongo uma grande escola que orienta para os próximos passos do itinerário existencial…
 

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